O Ministério Público do Piauí, através do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid), lançou, nesta sexta-feira (23) o Projeto “Lei Maria da Penha nas Escolas: Desconstruindo a violência, construindo diálogos” no âmbito da 18ª Gerência Regional de Educação. A solenidade reuniu professores, alunos e autoridades na sede da Procuradoria Geral de Justiça.
O promotor Francisco de Jesus Lima, idealizador do Projeto, apresentou para professores e coordenadores pedagógicos da 18ª Gerência Regional de Educação as estratégias de sensibilização da comunidade escolar. “O projeto dá voz aos professores que, por sua vez, sensibilizam os alunos. São estes jovens que levarão a cultura de paz e de respeitos às nossas mulheres”, avalia.
Nesta fase do projeto, 19 municípios piauienses receberão as oficinas de planejamento. Ao total, 53 escolas deverão realizar as atividades pedagógicas que debatem a Lei Maria da Penha. A professora Amparo Veloso, representante da Seduc na solenidade, afirma que o projeto já tem apresentado resultados positivos entre a comunidade escolar.
“O exemplo de como os jovens se envolvem positivamente com este projeto são as apresentações culturais, como, por exemplo, a dupla de repentistas e do grupo de teatro que se apresentaram aos professores e autoridades. Os jovens escolhem uma linguagem para levar a mensagem da Lei Maria da Penha e se tornam agentes transformadores da realidade. Com isto, acreditamos que a violência contra a mulher será diminuída em nosso Estado”, diz Amparo Veloso.
A delegada da Mulher, Vilma Alves, é parceria do projeto e visita as escolas estaduais para falar aos alunos sobre a violência contra a mulher. A delegada afirma que as escolas e a juventude têm papel fundamental na desconstrução da violência contra a mulher. “São com os jovens que temos que construir uma nova consciência. Levar o conteúdo da Lei Maria da Penha para as escolas é oportunizar aos nossos meninos um novo comportamento e para as nossas meninas a certeza de que elas podem e devem buscar os seus direitos”, encerra.