O Fantástico do dia 31 de março mostrou a história da promotora de Justiça do Piauí Marlúcia Evaristo, que lutou para que um direito do filho, Luís Felipe, de 12 anos, que tem deficiência visual, fosse reconhecido.
O menino adora as brincadeiras que a maioria dos meninos da idade dele gosta e tem um sonho, o mesmo de muitas crianças: conhecer os parques da Disney, nos Estados Unidos.
Marlúcia decidiu realizar esse desejo, mas, na hora que recebeu o passaporte do filho, uma surpresa: o documento veio com um carimbo que dizia “menor não alfabetizado”, sendo que Luis Felipe é alfabetizado em Sistema Braille e estuda há oito anos em uma escola.
“Tudo o que acontece em sala de aula é repassado para o Luis Felipe e ele transcreve através da máquina e em Braille”, diz a professora Claudianny Galvão.
Hoje, Luís Felipe cursa o terceiro ano do ensino fundamental. E tem aulas de Braille quando não está na escola. No boletim, nenhuma nota vermelha.
Luis Felipe nasceu prematuro, com baixo peso e, como consequência, perdeu a visão. Desde bebê, ele é estimulado pela família a vencer este obstáculo.
“Alfabetizar o Luis Felipe não foi fácil e quando eu recebi o passaporte com aquela expressão de analfabeto eu resolvi que eu ia lutar pelos direitos do meu filho”, conta a mãe, a promotora de Justiça Marlúcia Evaristo Almeida.
Em decorrência do problema com o passaporte de Luís Felipe, Marlúcia acionou o Ministério Público Federal e, um ano depois, veio a decisão. “Eles resolveram que iam acrescentar um carimbo a mais no padrão de carimbos da Polícia Federal. O carimbo: ‘alfabetizado pelo sistema Braille’ para aquelas pessoas que, embora alfabetizadas, não assinem na grafia comum, que é o caso do Luis Felipe”, relata a promotora.
A tão sonhada viagem de Luís Felipe para a Disney, já está marcada: será em maio.
Com informações do G1