O juiz preso na operação Mercadores da PF é da comarca de Parnaguá, Carlos Henrique Teixeira. Ele é acusado de participar da quadrilha que praticava grilagem de Terra no Piauí e outros Estados.
A Polícia Federal confirmou em nota a prisão de um juiz do Piauí envolvido em venda de liminares e sentenças. A operação Mercadores está cumprindo 10 mandatos de prisões no Piauí, Corrente, Parnaguá, Barreira/BA, governador Valadares/MG e Distrito Federal/DF. Um empresário do Sul do Estado e um agente afastado da Polícia Civil também foram presos na operação que deu início na sexta-feira (19).
Ele é acusado de crime de grilagem de terra nos municípios de Corrente e Parnaguá. O policial afastado da Polícia Civil, identificado como Cecílio Oliveira Cruz, foi preso em sua residência na Vila Mediterrâneo, na Raul Lopes, ele bacharel em Direito e há sete anos está afastado da corporação.
Além do policial há a confirmação de empresários, lobistas, um advogado e um magistrado também envolvidos no esquema. Ao todo, foram 10 mandados de prisão, quatro de condução coercitiva e 19 de busca e apreensão expedidas pelo desembargador Luiz Gonzaga Brandão.
De acordo com a assessoria da PF, os presos se apossavam de terras do governo para vendê-las. Além dos 63 policiais, atuam no caso um promotor de Justiça do Ministério Público e um juiz estadual.
A promotora Ana Isabel Mota Dias disse não se sabe ainda o tamanho das terras griladas mas há indícios de venda de lotes para outros estados. Ela e o promotor Alípio Santana fazem parte do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público do Piauí.
O delegado da PF Janderliê Gomes Lima afirmou que o juiz está sendo a investigado por tráfico de influência e exploração de prestígio e que policial civil é um ex-agente formado em Direto. Ele acrescenta ainda que a quadrilha é toda de fora .O grupo migrou de outros estados e nenhum deles é piauiense", assegura. O juiz é de Goiânia e há um ano está na comarca de Parnaguá.