A International Association of Prosecutors (IAP), entidade de classe ministerial à qual a Associação Piauiense do Ministério Público (APMP) é associada, emitiu cartas de condolências pela morte do procurador de justiça da Argentina Alberto Nisman, encontrado em sua residência, em Buenos Aires, com um tiro na têmpora, no dia 18 de janeiro.
As cartas foram enviadas à procuradora geral da República da Argentina, Alejandra Gils Carbó, ao presidente da Asociación Argentina de Fiscales, Luis Jorge Cevasco, e ao presidente da Asociación de Fiscales y Funcionarios del Ministerio Público, Carlos Donosco Castex.
Alberto Nisman foi encontrado morto dias depois de ter denunciado a presidente Cristina Kirchner e alguns de seus colaboradores por suposta tentativa de acobertar terroristas iranianos que teriam sido responsáveis pelo ataque contra a associação israelita Amia, em 1994.
As cartas, assinadas pelo vice-presidente da IAP, Manuel Pinheiro Freitas, além de manifestarem pesar e solidariedade em decorrência do acontecido, cobram que os governos e parlamentares dos países que compõem a Organização das Nações Unidas observem os compromissos relativos à proteção dos procuradores e promotores e de suas famílias, especialmente aqueles que contam nos artigos 4 e 5 das Diretrizes sobre o Papel dos Membros do Ministério Público que foram aprovadas em Havana (1990).
“Expressamos, ainda, o nosso desejo de que as autoridades constituídas da Argentina adotem todas as medidas necessárias para esclarecer as
circunstâncias da morte do colega Alberto Nisman, bem como para garantir a segurança de outros procuradores que eventualmente estejam sendo ameaçados em razão do desempenho de suas funções e para que o trágico acontecimento não coloque em risco a continuidade das investigações sobre o brutal atentado terrorista, que tirou a vida de 85 pessoas inocentes”, destaca Manuel Pinheiro.