Associação Piauiense
do Ministério Público

Operação do Ministério Público Eleitoral resulta em prisões e apreensões

 
 
Por meio da operação Captação, coordenada pelo Ministério Público Eleitoral, três pessoas foram presas em flagrante nas cidades de Teresina, Oeiras e Corrente, nesse domingo (5).
 
As prisões resultaram na apreensão de R$ 213 mil que seriam usados na compra de votos, material de propaganda eleitoral, lista com nomes de eleitores e números e cópias de títulos eleitorais.
 
A operação teve início com a investigação de uma pessoa em Corrente suspeita de aliciar e coagir eleitores a votar no candidato a deputado estadual B. Sá Filho (PSB), filho do ex-deputado federal B. Sá (PSB) e irmão do atual prefeito de Oeiras Lukano Sá (PSB).
 
O promotor de Justiça da 22ª Zona Eleitoral de Corrente, Rômulo Paulo Cordão, abriu então procedimento e passou a investigar movimentações suspeitas que apontavam a compra de voto. As investigações ocorreram em trabalho conjunto do Ministério Público com a Polícia Civil por cerca de 20 dias.
 
Deflagrada no dia da eleição, a operação culminou na apreensão de material de campanha, lista de eleitores e R# 10 mil na casa de Márcio Gládson Cunha Nogueira, em Corrente. Ele foi detido e liberado.
 
Já a caminho de Teresina, foi preso com material de campanha e R$ 8 mil José Nunes Lopes Júnior. Ele foi conduzido até sua casa na capital, onde foram apreendidos mais R$ 40 mil, material de campanha, lista de eleitores e nomes de pessoas que teriam recebido dinheiro.
 
Em Oeiras, na casa do candidato B. Sá, foram apreendidos R$ 30 mil em um cofre e R$ 125 mil que estavam sendo escondidos pela irmã do candidato no quintal da casa. Ela foi presa em flagrante e liberada depois de pagar a fiança de 10 salários-mínimos.
 
De acordo com o promotor Rômulo Cordão, os envolvidos responderão na esfera criminal por corrupção eleitoral, coação de eleitores, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
 
O resultado da investigação será encaminhado à Procuradoria Regional Eleitoral para que sejam ajuizadas as ações eleitorais cabíveis, na esfera cível.
 
Rômulo Cordão atribui o sucesso da operação ao trabalho coordenado pela Promotoria da 22ª Zona Eleitoral, em parceria com as polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal e com a Procuradoria Regional Eleitoral.
 
Com informações do MPF