Associação Piauiense
do Ministério Público

Planejamento do Ministério Público do Piauí fica prejudicado por orçamento reduzido

 

 
 
Reivindicando um orçamento adequado às carências do Ministério Público do Piauí, promotores de Justiça compareceram, no dia 5 de dezembro, a audiência da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do Piauí que apreciará o Orçamento Geral do Estado para 2013.
 
Os membros do MP defendem o fim do reajuste linear, contemplando, desse modo, as peculiaridades de cada poder e órgão. Os promotores cobraram, também, o repasse do superávit orçamentário, que, ao longo dos anos, não foi distribuído pelo Estado aos poderes.
 
“Nossa sugestão é que seja incluído dispositivo na lei orçamentária prevendo esse repasse de excedente de arrecadação pelo Governo do Estado”, destaca o presidente da Associação Piauiense do Ministério Público (APMP), Paulo Rubens Parente Rebouças, para o qual “falar em ‘estrutura precária’ para o MP seria luxo, porque nós sequer temos estrutura”.
 
A proposta feita pelo Ministério Público ao Governo para o orçamento de 2013 é de cerca de R$ 165 milhões, valor este, na opinião de Paulo Rubens, ainda bem aquém do que o órgão necessita, realmente, para solucionar seus problemas. O Governo do Estado, por outro lado, sinaliza conceder ao MP o montante de R$ 114 milhões, o que se distancia ainda mais dos anseios da instituição.
 
De acordo com o presidente da APMP, o Ministério Público – embora detentor de uma política de gestão e administrativa rigidamente planejada, especialmente do ponto de vista financeiro – sofre sérios problemas estruturais, sobretudo no interior.
 
“O Ministério Público é extremamente organizado, faz o seu dever de casa. Cada centavo do órgão é gasto de forma austera e eficiente. Elaboramos um planejamento estratégico até o ano de 2022. Temos consciência de que, ao pedir recursos para o orçamento, o estamos fazendo para bem geri-los”, pontua Paulo Rubens.