*Juliana Furtado
“Que teu remédio seja teu alimento e que teu alimento seja teu remédio”, já dizia Hipócrates, pai da medicina, lá na Grécia antiga. Mas atualmente as pessoas não se lembram muito dessa máxima. Com a correria do dia-a-dia, a população vem aumentando o consumo de medicamentos sem prescrição médica. É uma dorzinha de cabeça aqui, um resfriado dali, uma infecção que às vezes nem se sabe o agente patogênico, mas já vai comprando o antibiótico pra resolver. Medicação é coisa séria! Dentro do organismo ela pode reagir com hormônios, nutrientes, pressão arterial, função renal, cardíaca, sistema nervoso central, além de conterem toxinas em sua composição, que ainda prejudicam o processo de emagrecimento.
Não se automedique achando que está resolvendo seus problemas. Tudo bem, e o que a nutrição tem a ver com isso? Você já ouviu falar de interação fármaco-nutriente? Esta interação pode surgir antes ou durante a absorção gastrintestinal, durante a distribuição e armazenamento nos tecidos, no processo de biotransformação ou mesmo durante a excreção. Assim, é de importância fundamental conhecer os fármacos, cuja velocidade de absorção e/ou quantidade absorvida podem ser afetadas na presença de alimentos, bem como aqueles que não são afetados. Por outro lado, muitos deles, incluindo antibióticos, antiácidos e laxativos, podem causar má absorção de nutrientes.
Existem alguns alimentos que consideramos antibióticos naturais, pois têm a capacidade de fortalecer o sistema imune e combater patógenos, como as bactérias. Há também outros que exercem funções laxativas, hiponatrêmicas, calmantes, dentre outras. Pra saber quais você deve ingerir para auxiliar no combate a certas patologias, consulte um nutricionista. E só lembrando: os profissionais habilitados para orientar sobre as interações droga-nutrientes são os médicos, farmacêuticos e também os nutricionistas.
*Nutricionista, pós-graduanda em Nutrição Clínica Funcional e Estética. Centro estético e Spa urbano Beleza e Cia. (86) 9941-7258